sábado, 31 de julho de 2010

quinta-feira, 29 de julho de 2010

I N D I V I D U A L I S M O

I N D I V I D U A L

O A U T R U I S M O
S A I N D O P E L A J A N E L A

Psicopatia como cultura perversa?

Indústria Cultural

Um trecho do Livro: Política Educacional e Indústria Cultural

Longe de "democratizar" um bem cultural, a indústria cultural, ao produzir ou reproduzi-lo (em série), tornando-o acessivel a todos, passa a oferece-lo, juntamente com sabonetes, automóveis, sapatos e outros produtos de consumo, descaracterizando-o, utilizando-os para vendar os olhos do consumidor, distorcer sua percepção, embala-lo em ilusões, subverter seu senso crítico. O produto da Indústria Cultural visa, em suma, entorpecer e cegar os homens da moderna sociedade de massa, ocupar e preencher o espaço vazio deixado para o lazer, para que não percebam a irracionalidade e injustiça do sistema capitalista, no qual estão inseridos como marionetes, atuando no interesse da perpetuação ad infinitum das relações de produção alienantes e exploradoras. A industrial cultural preenche assim sua função por exelência, de seduzir as massas para o consumo, para que esqueçam a exploração que estão sofrendo nas relações de produção...

Meu bem Querer - Dijavan

Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem querer
Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção

Meu bem querer
Meu encanto, estou sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor

quarta-feira, 28 de julho de 2010



http://www.youtube.com/watch?v=QZPykJJ2l_g&feature=player_embedded

Importante na vida saber chutar o pau da barraca e mudar tudo, inclusive o foco do desejo...

A vontade está perfeitamente certa, apenas o foco do desejo não está certo. Isso está criando o sofrimento e o inferno. Simplesmente mude o foco e a sua vida se tornará um paraíso...

Edições Toró

Salve.

Esta mensagem vai para o pessoal matriculado no curso.

Apenas para quem não for realmente participar dos seis encontros (como foi indicado) no ato da inscrição, pede-se que nos comunique, por favor.

Assim, esta vaga será aberta a alguém que está na longa lista de espera.

Pede-se atenção também à passagem referente ao lanche comunitário, que está escrita no texto abaixo.

Muito agradecemos pela atenção, disposição, vontade, compromisso.

Que a palavra seja sempre fonte de gesto.

Axé

Allan da Rosa/Edições Toró

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Abaixo, a lista de matriculados.

Por causa da grande procura, aumentamos para 47 o número de vagas abertas (a princípio eram 36), mas não foi possível matricular mais do que esse tanto de pessoas abaixo para que a condição do curso não seja prejudicada, tanto pelo tamanho do espaço no CDHEP, como também pelas questões didáticas e pedagógicas.

A vontade foi de abrir o curso a todas as pessoas que se inscreveram (que constituíram quase o dobro das vagas oferecidas), mas infelizmente isso não é possível. E nos mostra como ações desse naipe podem e devem ser realizadas nas quebradas de São Paulo e do Brasil, pela sede, pela busca de compreensão mais apurada e não estereotipada deste tema e de seus contextos específicos.

Devido à impossibilidade de agregar todos que se inscreveram, para a realização das matrículas levou-se em conta, primeiramente, a resposta positiva, o compromisso da palavra e do gesto dos inscritos em participar dos seis sábados de encontros. E também foi considerado o fato de quem se inscreveu já participar de coletivos e movimentos sociais, ou ainda de morar nas periferias da Grande São Paulo, onde priorizamos que nossas ações se multipliquem.

Também optamos por matricular apenas um representante, quando grupos enviaram inscrições de três, quatro ou mais participantes do mesmo coletivo. Isto ocorreu por acreditarmos que este representante de grupo pode ser, ele mesmo, multiplicador das ações entre seus pares.

Aqui pedimos para que cada pessoa, se possível, leve algo para a realização de um lanche comunitário, que será realizado sempre das 16hs às 16hs15. Pode ser uma penca de bananas, um punhado de outras frutas, um pedaço de bolo, uma garrafa de suco ou algo do gênero, que possa ser consumido e dividido na hora, neste pequeno tempo de lanche que teremos pelos seis sábados.

Para se chegar no CDHEP, é só desembarcar no Metrô Capão Redondo ou pegar um ônibus que passe por ali. A rua do CDHEP é muito próxima, suas melhores referências são a igreja e a “Fábrica de Criatividade”. Ainda na internet é bem fácil de se colher estas informações relativas ao transporte.

Agradecendo a atenção.

Allan da Rosa/Edições Toró

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LISTA DE MATRICULADOS

Aline Reis

Amanda dos Reis Fraga

Ana Kátia de Souza Pessoa

Andréia Vanigli

Bruna Pereira Lorenzi

Camila Nascimento Freitas

Cristiane Marcondes

Cristina Roseno

Daniela Aparecida Silva

Daniela Almeida Embon

Darla Fróes de Souza

Edcler Tadeu dos S. Pereira

Eduardo Jose Barbosa

Eliab Almeida da Silva

Eliane Aparecida de Almeida Barros

Elisabete Alves Pinto

Elisabete Figueroa dos santos

Elisangela Soares Teixeira

Fernanda Alves Vargas

Fernando Ferrari de Souza

Gabriela da Silva Alves

Iracema Valquiria Ferrarezi Guerra

Joana Aparecida de Souza Martinho

Jonathan Constantino

Juliana de Jesus Santos

Júlio Costa da Silva

Karyanne Silva Rosa

Ka rina Teixeira Guedes

Lucas Duarte de Souza

Maged Talaat Mohamed Ahmed El Gebaly

Márcia Gibin Garcia

Márcia Regina Silva Cepulo

Marcio Farias

Maria das Graças Gomes Nascimento

Maria de Fátima da Costa

Maria Dulcínia da Silva

Mariana Doneux Ferreira

Naiana Soares Padial

Paulo Soares Borges

Richard Sanches

Rodolfo José Barbosa de Souza

Ronaldo de Sousa Silva

Rosana Hygino Benatti

Sheila Fabíola Muniz da Silva

Silvana de Paula Jesus

Sueli Maria de Oliveira
Thiago Vinicius Santos da Silva


trem do lado do eldorado, o hebraica-rebouças. e baldeia no santo amaro, sentido metrô capão.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

NÃO EXISTEM MAIS GRANDES EXPLICAÇÕES...

NÃO EXISTE MAIS TEMPO PARA A RELFEXÃO...

C3i

Sociólogo - Laymert

Informatica da revolução...

Transformação dos Ciborgues... Aceitar ou não?

domingo, 25 de julho de 2010

Em casa de enforcado não se fala de corda Alice...

REVISARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR...



A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.

UM ANTÍDOTO PARA A DESINTEGRAÇÃO SOCIAL???????????????


estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições...

o maior interessado na produção e sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta disciplina científica...

o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais...

A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares...

o uso das técnicas quantitativas é associado às pesquisas macro-sociológicas; as qualitativas, às pesquisas micro-sociológica...

Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte (em 1838)... - QUASE 200 ANOS... Montesquieu também pode ser encarado como um dos fundadores da Sociologia - talvez como o último pensador clássico ou o primeiro pensador moderno...

Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.


MEU PAÍS É AQUELE ONDE ESTÃO ENTERRADOS OS MEUS MORTOS...

MAS ALICE, O QUE É ENCANTAMENTO?
ALICE: AS PESSOAS NÃO MORREM, FICAM ENCANTADAS... A GENTE MORRE PRA PROVAR QUE MORREU...
RUBENS ALVES - O ENCANTAMENTO ESTA NO QUE SE IMAGINA...



As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições... A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.


ALICE O QUE VC DESEJA?
ALICE: TORNAR-ME IMORTAL E DEPOIS MORRER...



CONSTRUIR REFELXÕES??? POR QUE???


Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.



O surgimento da Sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originada pelo Iluminismo. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.


Correntes sociológicas

Porém, a Sociologia não é uma ciência de apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a explicação da realidade social. Assim, pode-se claramente observar que a Sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativas, fundadas pelos seus autores clássicos, das quais podem se citar, não necessariamente em ordem de importância: (1) a positivista-funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu principal expoente clássico em Émile Durkheim, de fundamentação analítica; (2) a sociologia compreensiva iniciada por Max Weber, de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva; e (3) a linha de explicação sociológica dialética, iniciada por Karl Marx, que mesmo não sendo um sociólogo e sequer se pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação sociológica.


MEU BILHETE É SÓ DE IDA...


JA VI GENTE RESSUCITAR COM UM SIMPLES GÓLE DE CACHAÇA...

...sem jamais esquecer-se que o homem só pode existir na sociedade e que esta, inevitavelmente, lhe será uma "jaula" que o transcenderá e lhe determinará a identidade...



Muitos dos teóricos que almejavam conferir à sociologia o estatuto de ciência, buscaram nas ciências naturais as bases de sua metodologia já mais avançada, e as discussões epistemológicas mais desenvolvidas. Dessa forma foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica, e um ceticismo metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.

VIDA RECALCITRA, RECALCITRANTE...


SALVE MANOEL BANDEIRA, POÉTA DA MORTE...


...mesmo a Antropologia faz pesquisa em sociedades industrializadas; a diferença entre Sociologia e Antropologia tem mais a ver com os problemas teóricos colocados e os métodos de pesquisa do que com os objetos de estudo...


Quanto a Psicologia social, além de se interessar mais pelos comportamentos do que pelas estruturas sociais, ela se preocupa também com as motivações exteriores que levam o indivíduo a agir de uma forma ou de outra. Já o enfoque da Sociologia é na ação dos grupos, na ação geral...

A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de conhecimento orientado no sentido de promover um melhor entendimento dos homens acerca de si mesmos, para alcançarem maiores patamares de liberdades políticas e de bem-estar social.


MASSSSS


Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma 'ciência da ordem', isto é, seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam eles empresas privadas ou Centrais de Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade democrática com vistas a manter o status quo.



VAI - As formas como a Sociologia pode ser uma 'ciência da ordem' são diversas. Ela pode partir desde a perspectiva do sociólogo individual, submetendo a produção do conhecimento não ao progresso da ciência por si ou da sociedade, mas aos seus interesses materiais imediatos. Há, porém, o meio indireto, no qual o Estado, como principal ente financiador de pesquisas nas áreas da sociologia escolhe financiar aquelas pesquisas que lhe renderam algum tipo de resultado ou orientação estratégicas claras: pode ser tanto como melhor controlar o fluxo de pessoas dentro de um território, como na orientação de políticas públicas promovidas nem sempre de acordo com o interesse das maiorias ou no respeito às minorias. Nesse sentido, o uso do conhecimento sociológico é potencialmente perigoso, podendo mesmo servir à finalidades antidemocráticas, autoritárias e arbitrárias.


A VIDA É TRAIÇÃO MENINA...


A sociologia da arte é a ciência que estuda o mundo interior do artista, sua época, seus padrões e paradigmas.


A VIDA É UM MILAGRE... CADA FLOR, CADA PASSARO... O ESPAÇO INFINITO... TUDO É MILAGRE... TUDO, MENOS A MORTE... BENDITA A MORTE QUE É DONA DE TODOS OS MILAGRES...

Daqui a pouco o petróleo tá chegando na nossa torneira da pia de lava-louças...

A morte como Encantamento...

“Tornar-me imortal e depois, morrer...” respondia o personagem de Godard, apressado, ao descer do avião, para receber o grande prêmio literário... Por aqui, o velho provérbio árabe é repetido à exaustão: “Antes de morrer, você precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho.” Por que o ser humano se deseja eterno? Por que a dificuldade de se crer mortal? Os rituais são as lembranças necessárias ao luto. Quando alguém morre, vai-se um pedaço de cada de todos. “Não gostaria de estar viva no ano 2000. Não seria mais o meu mundo”, assim falou Simone de Beauvoir, recusando a necessidade de estar presente.Como se inaugurar na contingência da mortalidade? “Depois que morremos, não somos mais mortais” diz Guimarães Rosa pela boca de um dos seus personagens. E, por ironia, Rosa morre logo após tornar-se imortal da Academia. É bom que a morte seja encantamento...

http://www.cpflcultura.com.br/video/integra-morte-como-encantamento-antonio-mourao-cavalcante

GORDURINHA

Fossem os curiosos tentar advinhar-lhe o físico pelo apelido e Gordurinha seria até hoje mais um enigma na história da música popular brasileira. Magro na juventude, Waldeck Artur de Macêdo, nascido no bairro da Saúde, em Salvador, no dia 10 de agosto de 1922, ganhou seu apelido em 1938, quando já trabalhava na Rádio Sociedade da Bahia.

Do seu repúdio à colonização americana, epitomizada pela goma sde mascar nasceu o bebop samba, Chiclete com Banana , em parceria com Almira Castilho, que acabou por pronunciar o tropicalismo ao sugerir antropofagicamente na letra

" só boto bebop no meu samba

quando o Tio Sam pegar no tamborim/

quando ele entender que o samba não é rumba".

Ele mesmo chegou a gravar, como que a tirar um sarro um rock entitulado "Tô doido para ficar maluco".

Mas não foi só de glória e reconhecimento tardio a vida deste que, ao lado do Trio Nordestino, iria se transformar no baluarte do forró na Bahia. Sua estréia no mundo da música se deu em 1938, quando fez parte do conjunto vocal "Caídos do céu" que se apresentava na Rádio Sociedade da Bahia, fazendo logo depois par cômico com o compositor Dulphe Cruz. Logo se destacou pelo seu dom de humorista e pelo sarcasmo que iria ser disseminado em suas letras anos mais tarde.

Em 1942, cansado de tentar conciliar estudo e sessões de rádio, tomou a decisão se debateu com um dilema conhecido de muitos : medicina ou carreira artistica ? Como seus discípulos Zé Ramalho e Fred Dantas, Gordurinha caiu fora desse estória de clinicar. Largou a Faculdade de Medicina e seguiu sua sina de cigarra.

Os passos iniciais seriam dados numa Companhia Teatral. Caiu na estrada, mambembeando e povoando de música e pantomimas outras plagas.

Seu próximo passo seria um contrato na Rádio Jornal de Comércio, em Recife, em 1951. Depois, o jovem compositor, humorista e intérprete Gordurinha passaria pela rádio Tamandaré onde conheceu o poeta Ascenso Ferreira, figura folclórica do recife, Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda. Estes dois últimos gravariam em primeira mão várias das suas composições

Em 1952 partiu para o Rio de Janeiro onde penou sofrendo gozações preconceituosas. Sublimando estes pormenores, conseguiu trabalhar nos programas Varandão da Casa Grande, na Rádio Nacional, e Café sem Concerto as Radios Tupi e Nacional, duas das maiores do país, sempre fazendo tipos humorísticos. Ficou neste circuito até que almejou um sonho que já alimentava desde os magros dias do Recife; um contrato no mais importante mídia do Brasil na época: a Rádio Nacional.

"Meu enxoval", um samba-coco em parceria com Jackson do Pandeiro seria um dos carros chefes do disco "forró do Jackson", de 61. Outro que se daria bem com uma composição do baiano seria o forrozeiro paraense Ary Lobo (mais um dos artistas que o Brasil insiste em esquecer) que prenunciou o Mangue beat ao cantar:

"Carangueijo-uçá, carangueijo-uçá

A apanho ele na lama

E boto no meu caçuá

Carangueijo bem gordo é gaiamum/

Cada corda de 10 eu dou mais um.

"Vendedor de carangueijo" seria gravado pela cantora Clara Nunes em 74 e por Gilberto Gil no seu "Quanta", de 1997.

valeu clá

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Grafitt+Blog+Musica=?

BLOG

Um blog (contração do termo "Web log"), também chamado de blogue em Portugal, é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou "posts". Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.
Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diários online. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da web e mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos blogs.
Alguns sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, disponibilizando ferramentas próprias que dispensam o conhecimento de HTML. A maioria dos blogs são primariamente textuais, embora uma parte seja focada em temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, formando uma ampla rede de mídias sociais. Outro formato é o microblogging, que consiste em blogs com textos curtos.
Em dezembro de 2007, o motor de busca de blogs Technorati rastreou a existência de mais de 112 milhões de blogs.[1] Com o advento do videoblog, a palavra "blog" assumiu um significado ainda mais amplo, implicando qualquer tipo de mídia onde um indivíduo expresse sua opinião ou simplesmente discorra sobre um assunto qualquer.
Os blogs começaram como um diário online e, hoje, são ferramentas indispensáveis como fonte de informação e entretenimento. O que era visto com certa desconfiança pelos meios de comunicação virou até referência para sugestões de reportagem.
A linguagem utilizada pelos blogueiros foge da rigidez da praticada nos meios de comunicação deixa o leitor mais próximo do assunto, além da possibilidade do diálogo entre comunicador e audiência. Grande portais de notícias veiculam com frequência informações de blog e dão crédito ao jornalista
Muitos sites oferecem gratuitamente serviço de hospedagem de blog com ferramentas que ajudam na configuração da página na web.

Congado de Uberlândia

A muitos anos atrás , na época do Brasil Colonial , surgiu a partir da necessidade de expressar a cultura da época o Congado . A festa foi se eternizando ao longo do tempo e hoje já é tradição .Os congadeiros dançam e catam de forma expressiva , Caixas grandes de couro, tamborins de couro, quepes , chapéus,bastões, cajados, cetros; coroas, patuás, balangandãs; mastro de trança fita, sinos, fardas, rosários, imagens dos santos de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito; bandeiras, estandartes são relíquias, objetos-memória do Congado. É uma festa de origens afro que remete muito bem aos traços e marcas do passado , o que torna a identidade da festa cada vez mais forte .A festa é católica e nela rei e rainha do congo são eleitos, eles se divertem e ao mesmo tempo rezam , pedem agradecem …

Desde 1876 que a cidade de Uberlândia é palco desta festa cheia de cores e significados, os congadeiros não deixaram sua cultura se perder no tempo, e no período da festa, que vai do pós Quaresma ao fim do ano ,Uberlândia é prestigiada com esta riqueza cultural que atrai pessoas do Brasil todo e diversos ternos . Em Uberlândia a festa acontece em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário todos os anos e é sempre uma explosão de cultura e marcas dos passado , é incrível ver como os congadeiros se preparam para esta festa de modo tão especial ,com uma preocupação ímpar ,que vai da cor da roupa até o Santo dos mastros.

briefing

O briefing é um conjunto de informações, uma coleta de dados passadas em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho, documento, sendo muito utilizadas em Administração, Relações Públicas e na Publicidade. O briefing deve criar um roteiro de ação para criar a solução que o cliente procura, é como mapear o problema, e com estas pistas, ter idéias para criar soluções

O briefing é uma peça fundamental para a elaboração de uma proposta de pesquisa de mercado. É um elemento chave para o planejamento de todas as etapas da pesquisa de acordo com as necessidades do cliente.

[editar] Forma
diversos modelos de briefing. Na verdade, cada agência ou empresa possui o modelo que melhor encaixa de acordo com seu modelo de negócios e estrutura interna. Abaixo existem alguns itens que podem compor um briefing.

elaborado para a execução de um determinado trabalho

1) Histórico: Aqui é importante que o cliente conte uma história a respeito de seu mercado (o que vem acontecendo com ele), da marca, da empresa, ou outras informações relevantes que nos ajudem a compor um cenário.

2) O Problema de Marketing: Este item pode até vir dentro do anterior ou não, mas é muito importante. O histórico deve desembocar no problema que o cliente está enfrentado no momento, e que é o pano de fundo para a necessidade que ele identificou para a condução da pesquisa. Em outras palavras, é o que ele espera ver resolvido depois da pesquisa.

3) Objetivo(s) da Pesquisa: Deve ser uma descrição sucinta e estar relacionado com o problema anteriormente definido.Aqui são apontados aos tópicos que a pesquisa deve cumprir.

4) Padrão de Ação: Talvez um dos pontos mais importantes e normalmente menos lembrados pelos clientes. Aqui ele deve definir o que fará com os resultados da pesquisa, independentemente do que virá pela frente. Ou seja, que decisão será tomada com os resultados futuros em mãos. O Padrão de Ação é um guia fundamental para calibrar e melhor desenhar o plano de pesquisa, definir os envolvidos no projeto e para a análise dos resultados, incluindo aí as recomendações estratégicas. Importante aqui é não incorrer no risco de definir um padrão de ação genérico, por exemplo, "os resultados desta pesquisa serão utilizados na definição da estratégia futura da marca". Isso pode até ser verdade mas na maioria das vezes é possível ser mais específico. Devemos nos perguntar: que aspecto da estratégia da marca?

5) Questões Específicas (ou Áreas de Investigação): Neste item o cliente deve incluir todas as perguntas ou áreas de informação que ele precisa/deseja obter, sempre à luz do problema de marketing e dos objetivos do estudo.

6) Público-Alvo: Não cabe aqui falar do target do cliente ou de sua marca e sim o público-alvo da pesquisa. Atenção para a eventual necessidade de informações além da descrição sócio-demográfica básica. Muitas vezes é importante considerar elementos adicionais do target, a exemplo de dados de comportamento e atitude.

7) Áreas Geográficas: Definição das árjhgdbmeas geográficas/cidades que o estudo deverá cobrir.Pode-se pensar em bairros, como zonas nobres ou menos favorecidas, como campos geográficos de delimitação da pesquisa.

8) Materiais Anexos: Neste item o cliente deve relacionar os materiais que farão parte da pesquisa, a exemplo de photo boards, cartazes, etc.Chamados também de kjigfmateriais de apoio. São referências, geralmente, aos trabalhos anteriores, quando houver.

9) Limitações de Prazo e Custo: Algumas pesquisas acabam não sendo planejadas e conduzidas idealmente por limitações de prazo e/ou custo. Cabe ao cliente mencionar alguma restrição no briefing, se for o caso.

[editar] Outras informações
Ainda mais especificamente podem ser acrescentados os seguintes pontos:

Cenário Atual
Análise do macroambiente
Raio-x geral do mercado
Síntese econômica
Cultura de consumo
Empresas competitivas
Análise Swot
Ameaças
Oportunidades
Pontos fracos
Pontos fortes
Diagnóstico
O briefing é um conjunto de informações, uma coleta de dados passadas em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho, documento, sendo muito utilizadas em Administração, Relações Públicas e na Publicidade. O briefing deve criar um roteiro de ação para criar a solução que o cliente procura, é como mapear o problema, e com estas pistas, ter idéias para criar soluções

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Briefing"
Categoria: Documentos
Categoria oculta: !Artigos a sofrerem fusão

terça-feira, 20 de julho de 2010

Prezados Amigos e Amigas:


Está marcado para o dia 18 de Agosto
o início do CURSO INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS AFRICANOS
no CENTRO CULTURAL AFRICANO, aqui na capital paulista.

É uma ótima oportunidade para aqueles
que gostariam de aprender mais sobre o continente africano.

Maiores informações constam no Flyer
que segue juntamente com esta mensagem.

Os que desejarem, podem contribuir com a divulgação do Curso
repassando a informação para sua rede de contatos.

Grato,


Prof. Dr. Maurício Waldman
Pós-Doutorando UNICAMP - Instituto de Geociências

E-mail Contato - Contact: mw@mw.pro.br
Site Pessoal - Official Website (PB): www.mw.pro.br
Curriculum Acadêmico CNPq: http://lattes.cnpq.br/3749636915642474
Atuação - About me (BrE): http://en.wikipedia.org/wiki/Mauricio_Waldman
Caixa Postal - Post Office Box: 45375 Cep: 04010-970, São Paulo, Brasil

Informações e Agendamento de Cursos, Palestras e Consultorias
Acessar minha secretária particular, Srta Anna Ferraz: aferraz@mw.pro.br

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São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1967





Neste texto foi mantida a grafia original


FLAVIO DE CARVALHO, O ULTIMO DOS ICONOCLASTAS



"Acho que esse premio demorou a chegar. Não quero, com isso, dizer que já devia ter muitas medalhas e diplomas. No entanto, considerando os muitos anos que dedico à arte, e comparando-me com tanta gente por aí, a ganhar troféus a três por dois, confesso que já andava um tanto desiludido", diz Flavio de Carvalho, o artista brasileiro que está, agora, entusiasmado com o premio Bienal de São Paulo que o juri lhe atribuiu.

Flavio ficou muito mais entusiasmado ao saber que tambem era seu o premio de Ncr$ 3.000,00 destinado ao melhor pintor brasileiro da Bienal. E diz que "agora parece que as coisas vão entrar nos eixos", recordando-se de que o único premio que conseguiu, em toda a sua vida, foi um de arquitetura.

Por não ter tido tempo para ver todas as obras expostas no Ibirapuera, o artista brasileiro preferiu não comentar os trabalhos dos demais expositores. Diz, contudo, estar certo de que todos "irão encontrar muitas surpresas, porque muitos seguem a moda e fazem coisas que podem ser tudo, menos arte. Valem como experiencia, como pesquisa. Arte mesmo - diz - não é nada daquilo".


O artista

Flavio Rezende de Carvalho é um dos maiores desenhistas que o Brasil já teve. Na vida civil, um simples engenheiro que diz, de boca cheia, ter tirado o curso de engenharia numa Universidade Inglesa "quase por acaso". Isso define a simplicidade do homem de 67 anos, que sempre se notabilizou por seu inconformismo radical e que agora acaba de ser distinguido com um dos importantes premios da IX Bienal de São Paulo.

Flavio de Carvalho fez do escandalo uma etica experimental, saindo à rua em trajes que as convenções sociais dizem ser improprios, para auscultar a reação das massas. Enfrentou uma procissão catolica de chapéu na cabeça e, uma vez mais, quase é destruido fisicamente pela ira estabelecida. Flavio nunca recua, não se amedronta.

Dessas experiencias-limites que levou para a Europa, tentando impor a sua utopica roupa de nailon com saiote, as sandalias como comodismo para o homem de corpo normal em pleno verão e, ao mesmo tempo, como meio de relaxar as tensões da guerra fria, Flavio tirou material de reflexão para varios livros que intitulou "Experiencia n.o 2 - Psicologia das Multidões", "Os Ossos do Mundo - Observações Morbidas de Viagem" e "L'Aspect Psicologique et Morbide de L'Art Moderne" - este publicado em Paris.

Ideologicamente, o artista pode ser considerado como o ultimo representante da geração da "Semana de Arte Moderna", dessa maneira existencial que unia o escandalo, a blague, o "poema-piada" e o curto-circuito da significação escrita da poesia ou da prosa como o caminho mais curto para a implantação dos novos valores artisticos.


Pintura

Flavio de Carvalho é um grande artista plastico, extremamente versatil. O desenho, seja com a caneta-tinteiro, o lapis ou a nanquim, é a espinha dorsal do seu figurativismo. Sempre se opôs à pintura abstrata que considera de retaguarda, porque ela repete tecnicas de despojamento formal do homem da pré-historia. Tem especial predileção pelo nu, tema que tem sido objeto de repetidas exposições suas. O corpo humano é uma das obsessões mais eficazmente resolvidas pela sua tecnica desenhistica. Ora incide sob os corpos através de um traço expressionista capaz de sugerir admiravelmente a miseria de desgraça fisica, ora capricha em fixar psicologicamente certos rostos através de um traço barroco sutil. Um dos seus trabalhos mais celebres é a serie de estudos que o artista realizou sobre a agonia de sua mãe, e que hoje pertence ao Museu de Arte Moderna.

ICONOCLASTAS - diz-se daquele que ataca crenças estabelecidas ou instituições veneradas ou que é contra qualquer tradição

Flavio de Carvalho fez do escandalo uma etica experimental

Modernismo e Vanguarda: o caso Flávio de Carvalho

Rui Moreira Leite
A RELAÇÃO ENTRE modernismo brasileiro e vanguarda européia nas artes plásticas tem sido revista ao longo dos últimos dez anos. Dos primeiros trabalhos que afirmavam a identidade (Mendes de Almeida; 1961; Amaral, 1969) – a partir dos esforços de aproximação realizados antes e depois da Semana de Arte Moderna em 1922 – avançou-se até identificar, no primeiro modernismo, a plataforma ativista do futurismo e não sua proposta estético-artística (Fabris, 1994) e, no período seguinte, o contato com a Paris do retorno à ordem (1) (Batista, 1987). Assim, um artista como Flávio de Carvalho (1899-1973), interpretado inicialmente como a continuidade, ao longo da década de 30, do momento combativo inicial do modernismo (Martins, 1968), passa a ser visto como o elo perdido com as vanguardas históricas.

Explorarei outra possibilidade. A insistência em identificar a ruptura nos sistemas de representação fortaleceu ultimamente o esforço em sentido contrário: apontar as possíveis continuidades – o que, no limite extremo, faria do cubismo o momento culminante da tradição do retrato, da paisagem, do nu e da natureza-morta do século XIX (Rosenblum, 1976). A visão de um retorno à ordem no I pós-guerra, sugerindo a idéia de progresso nas formas artísticas (2) e esgotamento do cubismo em meados dos anos 10, tem sido contestada. Em seu estudo dedicado ao cubismo francês, Christopher Green (1988) se revelou capaz de oferecer uma nova perspectiva, deixando de enfocar a história da alta cultura como um desenvolvimento linear, para fazê-lo "em termos de um campo de forças, no qual conflitos diferentes, mas interrelacionados, podem ser observados e no qual, de maneira muito clara, instâncias diversas alcançam períodos de hegemonia". O estudo, que combina esta nova perspectiva (3) à reconstrução do desenvolvimento do cubismo tardio, transformou não só o quadro geral – enriquecido pela revelação de desdobramentos importantes do cubismo ainda no período 1916-1924, por exemplo, nas obras de Diego Rivera (1886-1957) e André Lhote (1885-1962) – como a compreensão de trajetórias individuais.

* * *

Para situar Flávio de Carvalho seria necessário recorrer a esforço semelhante, encontrando uma nova maneira de aproximação à sua obra. Não pela revelação de trabalhos desconhecidos, mas pela apresentação de conjuntos significativos a partir de uma perspectiva diferente.

Tentarei pois demonstrar, ao contrário do que tem sido sugerido, o papel destacado dos modernistas da primeira geração no desenvolvimento de sua obra como artista plástico. A catalogação da obra de Flávio de Carvalho que empreendi (Moreira Leite, 1994) sugere o ano de 1928 como ponto de inflexão. Obras então realizadas, notadamente o Retrato de Silva Neves (aquarela, 1928, col. Roberto A. Neves, São Paulo) e seu Auto-Retrato (óleo, 1928, col. particular, São Paulo) são as primeiras nas quais se liberta das convenções de representação herdadas do seu período de estudos na Inglaterra (4) que se estendeu de 1918 a 1922. Neste retrato em aquarela introduz deformações angulosas e em seu auto-retrato a óleo trabalha a partir de áreas de cor uniforme, obtendo relevo por uso de espátula ou de um pincel sem pêlos. Flávio de Carvalho tivera possivelmente um contato anterior com a vanguarda européia por intermédio da publicação do vorticismo inglês Blast (5), mas seu trabalho evoluiu a partir dessa data, que marca sua integração ao grupo modernista de São Paulo e coincide com as exposições individuais realizadas por Lasar Segall (1891-1957) e Tarsila do Amaral (1886-1973).

Ao lado de seus trabalhos em pintura e desenho centrados em nus e retratos, o artista compõe – com intervalo de 15 anos – duas séries centradas no tema da morte. A primeira, desenvolvida a partir de seu estudo de psicologia das multidões Experiência nº 2 (Carvalho, 1931) – compreende uma das ilustrações concebidas para o volume e os óleos A Inferioridade de Deus (1931, col. Gilberto Chateubriand, Rio de Janeiro) e Ascensão Definitiva de Cristo (1932, col. Pinacoteca do Estado, São Paulo). A segunda, a aquarela Medusa (1946, ex-col. Gilberto Ramos, Rio de Janeiro), o óleo Mulher Morta com Filho (1946, col. Afonso Brandão Hennel, São Paulo) e nove desenhos representando os momentos finais de agonia de sua mãe, Ophélia Crissiuma de Carvalho, a Série Trágica (1947, carvão s/papel, col. MAC-USP). O primeiro grupo de trabalhos, uma vez apresentado em exposição, não chegou a integrar qualquer mostra posterior, mesmo retrospectiva. A Série Trágica, marco de sua segunda individual (Museu de Arte de São Paulo; Galeria Viau, Buenos Aires (1948), pelo contrário, seria reapresentada sucessivamente até a exposição de desenhos no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1952, quando foi adquirida e passou a integrar o acervo da instituição. A partir de ambos os conjuntos é possível propor uma leitura valorizando relações até aqui neglicenciadas.

* * *

A primeira das séries relaciona-se à Experiência nº 2. A insistência do artista em permanecer de boné diante de uma procissão de Corpus Christi, no centro de São Paulo, leva fiéis enfurecidos a uma tentativa de linchamento. Concebido como um estudo de psicologia das multidões, o evento é descrito e analisado. Em seu relato, Flávio de Carvalho recorda-se de ter imaginado a própria morte enquanto se escondia, e a representa em seu livro por uma ilustração identificada pela legenda assistia emocionado ao meu desmanchar (nanquim, col. particular, São Paulo). Pela interpretação do episódio proposta pelo artista – inspirada em Frazer (Origem da família e do clã) e Freud (Psicologia das massas e análise do eu e Totem e tabu) – sua atitude desafiadora o transformara, aos olhos dos fiéis, num prolongamento do velho Deus pai e apenas seu assassinato poderia saciar o desejo de totemização do cortejo. Assim, a visão do esquartejamento da ilustração é reapresentada no óleo A Inferioridade de Deus, mas o corpo desmembrado do centro da composição é agora o da divindade que se oferece aos fiéis. O conjunto de trabalhos realizados a partir do episódio se completa com Ascensão Definitiva de Cristo, composição mais equilibrada, na qual áreas de cor uniforme são definidas a partir de mastros, canhões e bandeirolas que circundam o rosto-nuvem encimado por uma chaminé de navio. Registro da celebração religiosa em curso, as referências irônicas assumem a forma de bigodes e comendas, que reforçam a sugestão de uma parada militar.

A Experiência nº 2 pode ser vista como um eco da adesão do artista à Antropofagia (Bopp, 1966), bem como uma aproximação ao surrealismo na qual à primeira provocação dirigida aos fiéis do cortejo se acrescenta uma segunda, dirigida à hierarquia da Igreja Católica – a dedicatória ao papa Pio XI e ao cardeal de São Paulo, D. Duarte Leopoldo – que abre o volume.

Tais obras – particularmente a última, realizada a partir de associações livres e condensação de imagens – podem ser aproximadas àquelas da exposição realizada em 1929 por Tarsila do Amaral, como a tela O Sono (1928 c., óleo s/tela, ex-col. Giovana Bonino) (6).




http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141998000200018

FLÁVIO DE CARVALHO: CIDADE E HABITAÇÃO

A arquitetura desenvolvida por Flávio de Carvalho, ao que parece, não pretende apresentar vínculos institucionais com o Estado vigente e nem com o próprio “projeto moderno”. A questão de identidade nacional está mais vinculada às questões discutidas no início de 1920, com Oswald de Andrade e a Antropofagia discutida em São Paulo. Assim, sua arquitetura não procura representar e muito menos “mitificar” determinada força política, mas procura as questões sociais fora do campo político.

Sem paixão não dá nem pra chupar um picolé

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo

Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e
a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de
crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na
análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas
do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no
Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.

“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’
em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e
professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras
do trabalho.

- Na sua opinião, o ensino religioso estimula a homofobia?


A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A
imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança
indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem
biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com
um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o
Protestantismo. João Calvino nem mesmo é citado.

- Errata: João
Calvino

O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa.
Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou
psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela
natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e
mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a
bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o
homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
Nazismo

A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de
associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como
preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É
sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos
violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações
para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a
especialista, uma das três autoras da pesquisa.

Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação
de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em
vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras.
“Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma
Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram
609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como
‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.

**com informações da Agência UnB*


FONTE:
http://educacao. uol.com.br/ ultnot/2010/ 06/23/livros- de-ensino- religioso- no-brasil- estimulam- homofobia- e-intolerancia- diz-estudo- da-unb.jhtm

Versão de impressão

Olha só o que aconteceu na região do Mato Grosso do Sul.
Como nós indígenas sempre falamos. Respeitar a natureza e ter uma consciencia ecologica não significa vender ar ou plantar árvores. Há que se observar os sinais dos tempos pois eles estão sempre em evolução e com dinâmica incompreensivel a humanidade moderna.
As vacas morreram dando um prejuizo a churrascos e fazendeiros, mas quem mandou fazer desmatamentos pois as árvores e matas eram formas de aquecimentos dos animais do campo.



Frio mata cerca de 500 cabeças de gado na região Sul
Sábado, 17 de Julho de 2010 19:08
Marcio Breda
Caarapó News


Cerca de 500 cabeças de gado morreram em fazendas da região Sul do Estado em decorrência das baixas temperaturas
Cerca de 500 cabeças de gado morreram em fazendas da região Sul do Estado em decorrência das baixas temperaturas registradas na madrugada de hoje. Somente em Caarapó, de acordo com o Iagro, 300 cabeças morreram de frio. O prejuízo ainda não foi calculado.

De acordo com o chefe do Iagro, Nilson Fiorenza, os dados foram obtidos em vistorias feitas em quatro propriedades: Fazenda Aurora (50), Fazenda Taquarussu (34), Fazenda Conchita Cuê (60) e Fazenda Santa Maria, com 151 animais. Na cidade de Antônio João 79 animais também morreram em decorrência das baixas temperaturas.

Ainda conforme Fiorenza é bem provável que esses números cheguem a 500 cabeças. “Visitamos quatro propriedades e ainda faltam pelo menos mais 20, por isso, é bem provável que mais de 500 animais tenham morrido de hipotermia na região de Caarapó”, afirmou ao Caarapó News.

Segundo Técnicos da Agência de Defesa Sanitária, os animais não têm muita resistência ao frio, principalmente quando a temperatura cai bruscamente, como aconteceu nesta semana em MS.

Ontem a região sul do estado registrou 3 graus, com sensação térmica de 2 graus Celsius negativos. Segundo os técnicos, os animais podem ter ficado vulneráveis e uma bactéria qualquer pode, nestas ocasiões, literalmente tomar conta de todo corpo do bovino, causando a morte. (Com informações do Caarapó News).

FUNASA lança edital para Catadores

A Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, dando continuidade às ações de fomento aos Catadores de Resíduos Recicláveis, publicou o Edital de Chamamento Público nº 001/2010-DENSP/ FUNASA/MS, para apresentação e seleção de Projetos relativos à ação de “Implementação de Projetos de Coleta e Reciclagem de Materiais”.

Poderão participar da seleção Associações ou Cooperativas de todo o território nacional, de qualquer região, estado e município, incluindo o Distrito Federal, desde que integradas reconhecidamente por catadores de materiais recicláveis.

Os empreendimentos selecionados serão apoiados em até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) por projeto. Todavia, nas propostas a serem apresentadas, poderão ser acatadas apenas as despesas qualificadas como de investimento, atendendo as finalidades de construção ou ampliação de galpão de triagem, aquisição de equipamentos para operacionalizaçã o das unidades de triagem e aquisição de caminhões e outros veículos a serem utilizados nas atividades de coleta e transporte de materiais recicláveis.

O investimento total será da ordem de R$ 24.213.011,00 para este ano, com estimativa de contemplar, no mínimo, 112 Associações ou Cooperativas, até atingir o total do recurso orçamentário disponibilizado.

Os interessados terão até o dia 13 de agosto de 2010 para realizar o cadastro e envio da Proposta/Plano de trabalho no sistema de Convênios – SICONV.



Maiores informações sobre o Edital poderão ser encontradas no site: www.funasa.gov. br/internet/ linkBanner/ editalChamCatado res.asp.



Atenciosamente,



DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO

Secretaria Nacional de Economia Solidária

Eros e Educação

No final do maravilhoso texto “Educação: socialização e individualizaçã o” (1), o filósofo americano Richard Rorty faz um elogio à célebre atividade erótica de Sócrates como o que poderiria ser tomado como a atividade pedagógica par excellence. Rorty sugere claramente que aquilo que o professor pode fazer de melhor – especialmente na universidade – é se deixar inserir no jogo de sedução que se estabelece entre alunos e mestres. Para ele, a arte de cortejar se estabelece com facilidade no ambiente universitário, quando este é livre e estimulante, e então os estudantes podem se apaixonar tanto por autores vivos (os professores) quanto mortos (uma boa parte dos autores que habitam a biblioteca), encontrando o leito fecundo de uma educação liberal.

Rorty elogia a universidade americana liberal quando ela é administrada por professores que, entendendo isso, mantém tais recantos como os centros em que a liberdade americana dá o seu melhor.

Todavia, não é fácil para os administradores escolares, mesmo quando se trata de professores competentes, entenderem essa articulação entre liberdade e erotismo e, mais que isso, a própria perambulação de Eros pela universidade. O senso comum acadêmico pode não ser ignorante, mas é estreitamente moderno, tem dificuldade de vislumbrar do que se está falando quando evocamos eros, na tradição filosófica. Os serviços que envolvem o erotismo estão na base da filosofia da educação de Rorty. Esta filosofia nada é senão a busca, ainda que extemporânea, de continuidade da atividade socrática. O centro do problema, então, está na própria concepção que nós modernos temos de eros.

Há uma enorme variação entre os gregos antigos do que pode e não pode estar sob o comando de eros ou até do que é eros. E mesmo quando tratamos somente de Sócrates, o assunto não é fácil. Mas, se optamos por um específico recorte, ao menos um lado da atividade de eros enquanto envolvida na atividade pedagógica pode ganhar alguma luz. C. D. Reeves (2) traz uma boa pista ao apontar para o Lysis, de Platão.

Ao contrário de nós, cristãos e kantianos, isto é, modernos, os gregos antigos não concebem o amor como tendo uma faceta importante recheada de elementos de altruísmo. Para eles, é corriqueiro que o amor solicite a troca de favores em um sentido que nós, modernos, ficamos tentados a qualificar como egoísmo e, talvez, até como falso amor. No entanto, segundo Platão, nem todo grego sabe lidar com essa troca de favores de modo eficiente. Sócrates é o mestre dessa arte. No Lysis, Sócrates anuncia isso. Ainda que possa até dizer que é ignorante em muitas coisas, sabendo apenas que não sabe, Sócrates afirma claramente que há algo que ele sabe como ninguém, a arte do amor [ta erôtika]. Platão pratica um jogo de palavras proposital, que não deve ser desprezado: eros significa amor e erôtan quer dizer “arte de questionar”. Assim, Platão identifica a arte do amor com a arte de questionar à maneira de Sócrates (no limite, o método do elenkhós, o método da refutação) (3). Aprender o segredo dessa arte do amor é o que Hippothales necessita, e por isso ele vem solicitar ajuda de Sócrates.

Hippothales faz poesias para seu namorado, Lysis. Todavia, quanto mais assim age, menos consegue do jovem Lysis o que deseja. Então, ao consultar Sócrates, ouve do filósofo um recado curto e claro. Sócrates diz para ele que elogios não valem; que ele deve trazer Lysis para o diálogo e, então, no jogo conversacional, mostrar a Lysis que ele nada sabe e, assim, colocá-lo na parede, talvez até humilhá-lo. Não podendo explicar como funciona essa conversação, Sócrates pede a Hippothales que traga Lysis até ele, para que ocorra uma demonstração da conversação necessária, a que será feita em função da sedução do jovem de um modo inescapável. Hippothales traz Lysis ao encontro de Sócrates e este, exercendo sua conhecida forma de argumentação, faz o interlocutor ficar em uma encruzilhada: ou admite que não sabe o que dizia saber ou, então, cai em mais e mais confusão. E o tema da conversa é, apropriadamente, o amor. Lysis se vê tendo de admitir que não sabe o que é o amor.

É claro que, em outros diálogos, principalmente no célebre O banquete, percebemos, então, que o que é feito com o namorado de Hippothales nada é senão colocá-lo no primeiro degrau da “escada do amor à sabedoria” – a escada para a condição de filósofo. Não é o caso, aqui, de discutir os outros degraus, o que deixo para um próximo texto (já colocado em alguns vídeos e apontado em livros meus). Aqui, centro a atenção apenas no primeiro degrau, para que não se perca o foco no assunto. Nesse primeiro degrau o que ocorre é um estágio importante da pederastia, a atividade do homem mais velho sobre o jovem, mostrando ao jovem que ele nada sabe e trazendo-o, então, para a sua guarda. A reação do jovem, uma vez humilhado, é a de descer do seu pedestal, no qual se colocou pelo próprio trunfo inicial, o de ser jovem e belo. O jovem se percebe na condição de efetivamente se dispor à troca com o homem mais velho. Nesse sentido, a arte da sedução do amor é perfeitamente a arte da melhor conversa. Na sugestão de Sócrates, essa melhor conversa é feita no inquérito da refutação, o elenkhós, no qual ele, Sócrates, tornou-se o melhor esgrimista de todos os tempos.

O namoro moderno também é assim, ainda que de forma variada que, no sendo comum, guarda apenas pouco da fecunda pederastia exercida entre pessoas cultas do mundo grego antigo. A sedução entre o professor e o aluno (e no nosso caso, com o professor e a aluna ou vice-versa, uma vez que nossas relações incluem a heterossexualidade) é exatamente o que se passa na demonstração socrática. Em um determinado momento o estudante se põe arrogante, negando carinhos e afagos solicitados direta ou indiretamente pelo professor, físicos ou não; ele se mantém imponente, como o único proprietário de seu corpo belo, de sua juventude, de seu frescor de alma etc. Em um segundo momento, à medida que a conversa entre o professor e o estudante se mostra como o exercício exímio, pelo professor, da arte do amor, da arte do questionamento, o estudante percebe que vai acabar sendo colocado na parede. Quer parar os encontros com o professor, mas já não pode mais. Sente que uma força o empurra para o encontro e, neste, ao diálogo. Na tentativa de responder ao professor e, às vezes, contestá-lo – quer vencê-lo. Não raro, quer impressioná-lo. E então, cada vez mais se envolve na conversação com o mestre. Eis que o aluno percebe que vai sucumbir diante das refutações do mestre, e que, na verdade, isso é um grande passo do processo erótico. O aluno começa a perceber que está se apaixonando – já não pode deixar de ir a um encontro. Não consegue faltar às oportunidades de estar junto do professor. Já não se sente humilhado ao ser efetivamente humilhado, posto na condição de quem não sabe, pois saboreia a troca que, enfim, está pronta para se realizar de forma plena com o professor.

Caso a situação fosse a dos gregos antigos, nada haveria de perturbador nisso tudo, nesse “clima” gerado entre mestre e estudante. Seria, é claro, uma situação de amor, mas não traria a confusão mental que pode trazer ao estudante e, às vezes, ao professor, em nossa sociedade e em nossa universidade. No nosso caso, uma parte da atividade, a parte sexual, se põe como problemática. O aluno moderno fica sem saber se o amor que sente é ou não de “caráter sexual”. Para o grego, essa dicotomia não se coloca: a sedução se deu e pronto; ta erôtika é a arte do amor e a arte de questionar ou, dizendo de um modo mais compreensível, a arte da conversação que tem seu modelo no namoro quente, bem encaminhado. Na situação grega antiga, nenhum jovem ficaria preocupado em, tendo sido levado a uma posição de dependência emocional e intelectual em relação ao mestre, querer saber se vai ou não ocorrer uma troca de carícias físicas. Mas, enfim, o nosso jovem moderno pode tropeçar aí, nesse caso. Todavia, se ele souber entender a natureza da atividade pedagógica em que se meteu, verá que sua paixão pelo professor é o que melhor poderia ocorrer a ele na universidade. Alguns chegam a dizer isso: “amo aquele professor”, “amo aquela aula”, “amo aquele livro”. No caso aí, amor é amor. Seria bom que o jovem soubesse curtir isso sem se perguntar aquilo que um grego jamais perguntaria, se esse amor é ou não de conotação sexual. A atividade erótica é a atividade erótica. Ela é prazerosa e ao mesmo tempo angustiante, não raro coloca o aluno de joelhos diante do mestre quando tudo fazia crer que ele, mestre, é que estaria de joelhos diante da beleza e juventude do aluno.

Essa força de eros pode aparecer entre aluno e professor, mesmo que a nossa modernidade tenha feito de tudo para eliminar esse segredo da pedagogia, vivido na pederastia grega. Uma sociedade pode ser deserotizada, como de fato é a nossa sociedade. Mas, a universidade ainda é um pólo de subversão dessa deserotização. Nela, escondido em estantes de velhas bibliotecas, sentado na mesa de uma cantina pouco importante, posto ao lado de um quadro negro em uma sala perdida de um bloco desconhecido, pode viver Eros, esperando o encontro de um professor e uma estudante ou vice versa (ou quaisquer outros gêneros envolvidos) para iniciar sua atividade de daimonion, sua atividade daimon-íaca. Hoje em dia, isso não é para qualquer um. Não é mesmo, mas Eros, sabemos, está por aí solto, ele era um gênio na Grécia antiga e, assim, imortal. Pode estar escondido, esquecido, não morto. Cuidado!

© 2010 Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e professor da UFRRJ

1. Rorty, R. Educação: socialização e individualizaçã o. In: Ghiraldelli Jr., P. O que você precisa saber em filosofia da educação. Rio de Janeiro: DPA, 2001.

2. Reeves, C.D. Love’s confusion. Londres: Harvard University Press, 2005.

3. Sobre o elenkhós ver: Ghiraldelli Jr., P. História da Filosofia. São Paulo: Contexto, 2008.


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Blog: http://ghiraldelli. pro.br
Twitter: http://twitter. com/ghiraldelli
Portal: http://filosofia. pro.br

Por Luciana Torres em conversas de facebook

Incompreensível por ser incoerente
Incoerente não ter explicação
Explicação não cabe/Vaga/Como vaga aberta nunca a mão
Mão me guia não vejo/Vejo por onde posso ou não verbar/Estou qdo quero/Qdo prevejo/Que em breve não serei do verbo estar/
Verbo este/cheio/segurança/
casa calhas falha algemas cadeados reinados lembranças
Estar como nunca estive/oq resta/Resta ficar por não saber/Não saberpq ficar/Não Saber Como Não Há/ LST JULHO2010

Curso de Elaboração de Projetos

Aos Cambaiás e Amigos Músicos, vejam que interessante.
Mas é necessário se cooperar vejam detalhes abaixo:

ÚLTIMAS SEMANAS PARA INSCRIÇÃO NO CURSO DE CAPACITAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS CULTURAIS.
Visando proporcionar as ferramentas necessárias para a promoção da auto-gestão de carreira, preparamos um curso que orientará o cooperado na elaboração e inscrição de projetos musicais em leis de incentivo e editais públicos, apresentando um conjunto de informações que permitirá uma maior participação e utilização das ferramentas de incentivo à Cultura.
O Curso terá 12 horas de aula, nas quais serão discutidos aspectos ligados a leis de incentivo fiscal - federais, estaduais e municipais -, editais públicos em música, mercado de captação de recursos para a música com base nos dados do sistema Salic Net anos 2008 e 2009, e perfil das empresas patrocinadoras no ano de 2009.
Acreditamos que, com esta ação, a Cooperativa de Música, juntamente com o Sescoop, oferecerá instrumentos para orientar o cooperado na elaboração de projetos musicais e no entendimento dos mecanismos de isenção fiscal e patrocínio de projetos, procurando abrir novos horizontes de trabalho e profissionalizar os associados para o uso das ferramentas de incentivo à cultura.
Os interessados podem fazer suas inscrições enviando nome e telefone para o e-mail mario@cooperativademusica.com.br, com cópia para karinapoli@uol.com.br, assunto: Curso de Elaboração de Projetos.
Curso de Elaboração de Projetos para Leis de Incentivo Fiscal e Editais de Música.
• Quando: 09, 10 e 11 de agosto
• Horário - 18:30 as 22:30
• Onde: Espaço Pyndorama – R. Turiaçu, 481, Perdizes, São Paulo (próximo ao Metrô Barra Funda)
• Público: Exclusivamente Cooperados
• Vagas: Até 30 pessoas, quanto: R$ 30,00 por pessoa.

domingo, 18 de julho de 2010

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As lições do Exxon Valdez passaram desapercebidas
Por Joe Stephens - Redator da Equipe do Washington


Sex, 16 de Julho de 2010 20:46
Tradução: Argemiro Pertence

A história do ultimo derramamento de óleo catastrófico americano evoluiu no tempo para a frente num conto de causa e efeito: em 1989, um capitão bêbado levou seu petroleiro a encalhar no Alasca e a Exxon foi incapaz de evitar que o óleo se espalhasse ao longo de centenas de quilômetros de litoral virgem.

Porém, a história do desastre do Exxon Valdez é bem mais complexa e apresenta notáveis paralelos com os acontecimentos atuais no Golfo do México – inclusive o papel central desempenhado por um consórcio liderado pela British Petroleum – hoje conhecida como BP.

Uma comissão que investigou o vazamento no Alasca descobriu que as companhias aparam arestas para maximizar lucros. Sistemas preparados para evitar desastres falharam e não havia sistemas substitutos disponíveis. Os órgãos reguladores estavam muito próximos da indústria do petróleo e lamentavelmente aprovaram respostas inadequadas para o acidente e planos de limpeza.

A história está se repetindo, dizem autoridades que investigaram o Valdez, porque as lições de duas décadas atrás permanecem ignoradas.

‘É desapontador”, disse Walt Parker, de 84 anos, presidente da Comissão do Derramamento de Óleo no Alasca, que fez dúzias de recomendações para evitar a recorrência. “É quase como se nós nunca tivéssemos feito o relatório”.

Especialistas em questões marinhas antecipam que os diferentes painéis que investigam a explosão da Deepwater Horizon – inclusive a comissão presidencial que começou a trabalhar esta semana em New Orleans – irão produzir relatórios com muitas descobertas que poderiam cortadas e coladas do relatório de 20 anos atrás, escrito pela comissão de Parker ou outro grupo que estudou o acidente do Valdez. Eles também temem que essas descobertas não tenham mais impacto do que as conclusões sobre o Valdez tiveram.

No rescaldo do vazamento no Alasca, como no Golfo, houve uma confusão sobre quem estava no comando - as autoridades do governo ou as empresas de petróleo. As autoridades federais tentaram, eventualmente, assumir, mas faltava-lhes o equipamento e o pessoal para evitar prejuízos. Tempestades atrasaram a resposta e espalharam a contaminação. A tecnologia de limpeza era antiga e ineficiente. Os ambientalistas questionaram a toxidade dos dispersantes e perguntaram se as companhias de petróleo estavam usando produtos químicos para esconder os prejuízos.

O grande esforço de contenção no Alasca recuperou apenas uma fração dos milhões de litros de petróleo derramados no Estreito Prince William.

Os atores do drama do Alasca também nos parecem familiares. Embora a Exxon fosse a proprietária do petroleiro Valdez, ela não foi a responsável pelo defeituoso plano de resposta de emergência e não liderou os esforços iniciais de contenção. Essas tarefas ficaram a cargo da Alyeska Pipeline Service, um consórcio que opera o Sistema de Oleodutos Trans Alaska.

O sócio-controlador do consórcio era a British Petroleum. A British Petroleum também preencheu o cargo de executivo-chefe, o qual mais tarde se demitiu por causa das pressões. “A BP atraiu para si os tiros”, disse Tom Lakosh, um estudioso de derramamentos de petróleo.

A Comissão do Alasca concluiu que a redução de custos pela Alyeska contribuiu para o desastre, da mesma forma como os críticos alegam que foi o foco da BP na lucratividade que contribuiu para o derramamento no golfo.

“Essencialmente, a liderança da British Petroleum dormiu ao lado dos controles”, concluiu o relatório da comissão.

O porta-voz da BP, Steve Rinehart, evitou discutir o papel da empresa na resposta no caso do Valdez, dizendo que a Alyeska é uma empresa independente que “trabalha para uma comissão dos proprietários”.

“Nós teremos na verdade muito pouco a dizer sobre o derramamento de óleo do Exxon Valdez”, disse Rinehart. “Em termos gerais, houve muitas lições aprendidas com o vazamento do Estreito Príncipe William e um deles foi o melhoramento no planejamento da resposta e na tecnologia”.

O porta-voz da Exxon Mobil, Alan Jeffers, evitou comentar sobre como a British Petroleum e os órgãos reguladores reagiram ao acidente com o Exxon Valdez. Entretanto, ele disse que aquele era de fato um “verdadeiro ponto de inflexão” na Exxon o que agora faz da segurança um valor central corporativo.

Para estarmos seguros, os dois vazamentos são diferentes: o incidente de 1989 foi causado por um petroleiro encalhado, não por uma explosão num poço e pelo vazamento de óleo que já dura meses. Ademais, os milhões de litros liberados no Alasca foram ultrapassados pela quantidade de óleo flutuando no Golfo. Todavia, especialistas têm dito que as muitas similaridades eclipsam as diferenças.

“É muito frustrador”, disse Zygmund Plater, que trabalhou na comissão e hoje é professor na Boston College Law School. “As lições não foram aproveitadas”.

‘Esperando que acontecesse’

Em 23 de março de 1989, Riki Ott, bióloga marinha, estava expondo no banquete anual de segurança da Aleskya Pipeline no Centro Cívico de Valdez. A discussão passou para a ameaça de um derramamento de óleo de maiores proporções.

“Senhores”, disse ela, não é uma questão de ‘se’, mas de “quando”.

Cerca de uma hora mais tarde, pouco depois da meia-noite, o Valdez encalhou no Recife Bligh, no litoral sul do Alasca, rompendo 8 de seus 11 tanques de carga e despejando pelo menos 40 milhões de litros de petróleo na estreito. O navio de 300 metros de comprimento acabara de deixar o terminal da Alyeska em Valdez e se dirigia para Long Beach, Califórnia.

Durante os meses seguintes, o óleo se espalhou por cerda de 2.000 km do litoral do Alasca destruindo ecossistemas e meios de subsistência.

As investigações demonstraram que o capitão Joseph Hazelwood tina bebido mais cedo e que ele não estava na ponte de controle quando o navio se desviou em direção aos recifes. Ele foi condenado por negligência na operação de transporte de petróleo.

Dois meses após o derramamento, o governador da Alasca criou uma comissão para estudar o acidente. Ela concluiu que o desastre foi “o resultado da deterioração gradual da função de supervisão e das práticas de segurança”.



O vazamento "não foi uma ocorrência incomum isolada, mas simplesmente uma conseqüência de políticas, hábitos e práticas que, por quase duas décadas invadiram o sistema nacional de transporte marítimo de petróleo trazendo em si crescentes níveis de risco. O do Exxon Valdez era um acidente esperando para acontecer”, informa o relatório.

As regras então em vigor convocavam o consórcio liderado pela British Petroleum para lidar com a resposta inicial ao derramamento. Porém, suas ações foram inexplicavelmente morosas e sem efeito. Uma barcaça de 40 metros mencionada nos planos como a peça central de qualquer resposta não foi equipada com o equipamento necessário, o que resultou em horas de atraso.

O porta-voz da Alyeska, Matt Carle, disse que o Consórcio não desafiaria as descobertas da comissão, mas destacou as diversas melhorias na segurança implantadas dentro e ao redor do Estreito Prince William.

A Guarda Costeira dos EUA e outras agências governamentais provaram-se “absolutamente incapazes” de conter o petróleo, afirmou a comissão. Os planos de contingência foram reduzidos a “tigres sem dentes” e a falta de equipamentos ao lado das respostas demoradas tornaram a catástrofe inevitável, informou o relatório.

A Exxon eventualmente assumiu o controle do esforço de resposta, trabalhando em conjunto com a Guarda Costeira e as autoridades do Alasca.

Isto reflete os dias iniciais do vazamento da BP, quando ainda não estava claro quem estava no comando. Rapidamente ficou aparente que somente a BP tinha os robôs submersíveis e outros equipamentos exigidos no local da perfuração, a 1.600 metros de profundidade.

Estudos sugeriam que o derramamento do Alasca poderia ter sido reduzido ou eliminado pelo emprego de proteção redundante: no caso, equipando-se os navios petroleiros com cascos duplos ou fundos duplos. Uma falta de redundância surgiu como um problema crítico no Golfo, onde a falha do BOP (preventivo de descontrole) da Deepwater Horizon – projetado para selar instantaneamente o poço – deixou a BP com poucas alternativas.

A Alyeska foi classificada pela comissão do Alasca como tendo uma longa história de mau gerenciamento e corte de gastos que contribuíram para o acidente. Um funcionário do estado escreveu que a Alyeska “já provou que não irá adotar qualquer ação corretiva de mais impacto a menos que seja forçada pelas agências reguladoras”. Essas queixas fazem eco às alegações feitas no mês passado pelos representantes do Partido Democrata Henry A. Waxman (Califórnia) e Bart Stupak (Michigan) que questionaram se a BP repetidas vezes optou por procedimentos de risco para poupar tempo e reduzir custos.

Os congressistas escreveram em uma carta para a companhia de petróleo que “a BP parece ter tomado múltiplas decisões baseadas em razões econômicas que aumentaram o perigo de uma falha catastrófica no poço”.

‘Nunca mais’

Quando a comissão do Alasca examinou os planos de resposta aprovados antes do acidente foi encontrado um “grande lapso” entre o tamanho do derramamento que as empresas diziam poder conter e sua verdadeira capacidade de contenção, a qual era “ridiculamente baixa”. Os registros mostravam que à medida que um número de planos de resposta iam sendo desenvolvidos no Alasca, os revisores do governo escreviam palavrões a lápis nas margens dos documentos, qualificando-os como “lixo” e “vulgares” e recomendavam que as autoridades “considerassem a hipótese de acusação”.

Uma revisão dos equipamentos listados no plano de contingência da Alyeska dos anos 1970 mostrou que das 170 peças do aparato itemizadas, 137 estavam quebradas ou não existiam. Um exercício de perfuração descobriu uma lista obsoleta de contatos de emergência. Naquela ocasião, o relatório concluiu que o consórcio “não era um modelo de preparação”.

Isto faz lembrar as descobertas de uma investigação do Congresso sobre o plano de resposta da BP para o vazamento no Golfo que afirmava que a empresa poderia conter e limpar um vazamento muito maior que o da atualidade. Os investigadores descobriram que os planos para o Golfo também discutiam a necessidade de proteger as vacas-marinhas (morsas) que não são encontradas na região e listavam os telefones de um especialista em questões marinhas morto há muitos anos.

A comissão descobriu que o equipamento “primitiva” disponível para a recuperação de óleo no Alasca – especialmente linhas de contenção e recolhedores de óleo flutuante – representavam métodos não efetivos que não tinham avançado nos últimos 20 anos. A comissão convocou o governo federal para financiar um esforço de pesquisa e o desenvolvimento para aprimorar as técnicas de recuperação.

“Os equipamentos e as técnicas deveriam ser testadas bem antes de um derramamento”, afirmava o relatório.

Hoje no Golfo, os mesmos tipos de Equipamentos e tecnologias usadas no Estreito Prince William estão em uso. Não há esforço de pesquisa na escala buscada pela comissão. “Nunca mais o causador de um derramamento deveria estar no comando da resposta a um derramamento de grandes proporções”, afirmava o relatório.

Como se estivesse prevendo o desastre no Golfo, a comissão disse que focalizar tão de perto os detalhes individuais do acidente com o petroleiro seria contraproducente porque “o próximo grande derramamento provavelmente terá outra causa bem diferente”.

O relatório também deu uma pista sobre o que poderia estar à frente. No Alasca, o prejuízo ambiental e econômico derivado do derramamento foi seguido pelo aumento do alcoolismo, depressão, ansiedade, violência doméstica e suicídios infantis.

Outro relatório preparado em 1989 para o presidente George H. W. Bush também recomendava o fortalecimento da preparação do governo, tornando claras as linhas de autoridades e aprimorando a tecnologia de limpeza. O relatório foi preparado por uma equipe co-dirigida por William K. Reilly, que dirigiu a Agência de Proteção Ambiental.

Agora, Reilly co-dirige a comissão que investiga o derramamento da BP para o presidente Obama. Espera-se que seu relatório saia em janeiro.

sábado, 17 de julho de 2010

o “império do mal”.

http://altamiroborges.blogspot.com/

Aos poucos, a verdadeira história do golpe civil-militar em Honduras
vai surgindo e enterrando, de vez, qualquer ilusão no “democrata”
Barack Obama. Aos poucos, fica nítido que o presidente é refém do
“complexo industrial-militar ianque” e representa os interesses do
imperialismo, que não morreu. O golpe de junho passado, a instalação
de sete bases militares na Colômbia, as provocações constantes ao Irã
e a Coréia do Norte e até as recentes ameaças de retaliações ao
Brasil, entre outras agressões, confirmam que não se deve nutrir
ilusão com o “império do mal”.

O renomado jornalista Jean-Guy Allard acaba que provar que uma agente
contratada pela Usaid dirigiu o golpe em Honduras. “Jacqueline Foglia
Sandoval, a hondurenha citada como ‘a pessoa encarregada de coordenar
e operar o golpe de estado’ pelo ex-ministro Roland Valenzuela, pouco
antes dele ser assassinado, não só é egressa da Universidade de West
Point e foi Agregada de Defesa da Embaixada de Honduras em Washington,
como também chefiou as relações internacionais como subcontratada da
Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid)”.

“Formando líderes” conspiradores

“Ela é que distribuiu as tarefas para cada um dos executores do golpe,
que determinou o que eles deveriam fazer e o que deveriam declarar”,
descreve o jornalista, citando Valenzuela. Antes do golpe, “Jackie”
Foglia era diretora de relações externas da Universidade Zamorano,
instituição que recebia recursos e orientações da Usaid e do
Departamento de Estado dos EUA. Em 2008, ela dirigiu o programa
“formando líderes para Honduras”, destinado a identificar e formar
jovens para o futuro comando político e econômico do país.

“Essa operação corresponde integralmente aos planos da Usaid e da
inteligência estadunidense para se infiltrar no país, subverter e
desestabilizar governos”, afirma Allard. A própria Foglia confessou
numa entrevista para o sítio “dinero.com” que “84% dos jovens
hondurenhos que atualmente estudam no Zamorano recebem apoio
financeiro. Isto nós conseguimos, ano após ano, com o apoio solidário
de governos, fundações, instituições multilaterais e empresas
privadas”. A universidade inclusive possui um escritório especial nos
EUA.

Entidades de fachada da CIA

Allard não vacila em afirmar que Jackie Foglia pertence a CIA, o
centro terrorista ianque. “Toda a carreira de Foglia a identifica como
candidata idônea para os serviços de inteligência dos EUA, desde a
Academia Militar em West Point, onde obteve licenciatura em ciências
políticas, a sua integração posterior, de 1984 a 1995, nas Forças
Armadas de Honduras até a sua reaparição na United Way, como diretora
executiva”. Esta instituição, acusada de ser uma entidade de fachada
da CIA, é responsável por formar “futuros líderes” em vários países
latino-americanos.

Na sua sinistra biografia ainda consta a participação nas negociações
do tratado neocolonial de “livre comércio” na região e a consultoria a
várias corporações estadunidenses, como a Cargill. Foglia chegou a
presidir a Câmara de Comércio Honduras-EUA. “Juntamente com o
embaixador dos EUA no país, o cubano-americano Hugo Llorens, ela
participou diretamente na planificação do golpe contra Zelaya. Em 10
de junho de 2009, o então presidente do Congresso Nacional, Roberto
Micheletti, fez chegar a Llorens o rascunho com o decreto de
destituição de Zelaya com a data de 28 de junho. Ele recebeu o
documento das mãos de Jackie Foglia Sandoval”.

http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.cbdef30cc636b21797378d27ca60c1a0/?vgnextoid=4923b23eb2a6b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD

Tá tudo dominado

Revista Abril compra o Anglo

13 de julho de 2010

Expansão. Sistema educacional estava à venda havia dois anos e vinha
sendo disputado também pelo grupo Pearson, dono do jornal "Financial
Times", e pela editora espanhola Santillana; negócio envolve o Anglo
Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a SIGA
Depois de uma disputa acirrada, o Grupo Abril anunciou ontem a compra
do Anglo - rede de educação especializada em cursos preparatórios para
o vestibular -, tornando-se a segunda maior empresa do setor no País,
à frente do Objetivo e atrás apenas da Positivo. O grupo criado a
partir dessa aquisição deve faturar este ano cerca de R$ 500 milhões.
O valor do negócio não foi divulgado.
Único sistema de ensino de grande porte que permanecia sendo
controlado integralmente pela família fundadora, o Anglo estava à
venda havia dois anos. "Não porque a empresa passasse por
dificuldades, mas porque, com a consolidação do setor, o Anglo só
conseguiria crescer se unindo a um grande player", explica Ryon Braga,
da Hoper Consultoria, especializada em educação.
Além do Grupo Abril, por meio da empresa Abril Educação, o Anglo foi
disputado por pelo menos outros dois grupos. A britânica Pearson,
empresa do segmento editorial e de informação digital, que controla o
jornal Financial Times, chegou a fazer uma proposta. Há uma semana,
uma reportagem do próprio jornal dizia que a rede brasileira estava
sendo avaliada em R$ 600 milhões. Além do Anglo, o Pearson também
teria tentado comprar o Sistema Educacional Brasileiro (SEB), que
controla escolas, oferece sistemas de educação e tem valor de mercado
de R$ 715 milhões. A editora espanhola Santillana, com planos de
expansão na América Latina, também estava entre os interessados no
Anglo.
Nova empresa. O negócio anunciado ontem envolve o Anglo Sistema de
Ensino, o Anglo Vestibulares e a SIGA, com cursos preparatórios para
concursos públicos. O grupo conta com unidades próprias e parcerias
com escolas em todo o País . A empresa fornece o material didático (as
tradicionais apostilas) a e metodologia de ensino.
Os membros de uma das famílias fundadoras, Guilherme Faiguenboim e
Assaf Faiguenboim, continuarão à frente das operações, que abrangem
484 escolas, em 316 municípios, com um total de 211 mil alunos. Outros
38 mil estudantes estão na rede pública, em 24 municípios. O
faturamento da rede para este ano é estimado em R$ 150 milhões.
Todo o sistema Anglo foi adquirido pela Abril Educação, uma empresa
que integra o Grupo Abril e é controlada exclusivamente pela família
Civita. Até dois anos atrás, esse braço da companhia tinha a
participação de um sócio estrangeiro - a Naspers, maior empresa de
mídia da África do Sul, que adquiriu 30% das ações do Grupo em 2006. A
família, no entanto, recomprou as participação acionária na Abril
Educação em 2007.
A empresa, presidida pelo executivo Mauro Calliari, controla as
operações das editoras Ática e Scipione, ambas fortes no segmento
pedagógico. Juntas, as editoras contam com um portfólio de 3,5 mil
títulos.
No mesmo ano em que recuperou o controle da empresa, a Abril estreou
no sistema de ensino com a rede SER. Essa rede, semelhante à do Anglo,
está em 350 escolas, com 85 mil alunos. Também oferece material
didático e metodologia própria para os estabelecimentos associados. As
duas marcas continuarão operando independentemente. Segundo esclareceu
a Abril Educação, as duas redes não são concorrentes, já que o Anglo
adota um esquema de franquia e a SER fornece apenas o material, sem
atrelar a marca aos estabelecimentos.
Interesses. Em nota, Giancarlo Civita, um dos controladores da Abril
Educação, afirmou que "a transação reforça o compromisso da empresa
com a melhoria da qualidade de ensino e seu comprometimento na área de
educação". Segundo o comunicado, o negócio permitirá à empresa
"fortalecer sua presença junto às redes pública e privada de ensino".
E o objetivo, garante a Abril na nota, é alcançar a liderança do
mercado.
O sistema Anglo foi criado em 1894, em São Paulo, pelo português
Antônio Guerreiro. Na década de 30, foi lançado o primeiro curso
preparatório para o vestibular da USP e, pouco tempo depois, a empresa
passou a adotar a apostila caderno, uma revolução no material
didático.Agência Estado
Consolidação
RYON BRAGA
CONSULTOR DA HOPER, ESPECIALIZADA EM EDUCAÇÃO
"O Anglo estava à venda não porque a empresa passasse por
dificuldades, mas porque, com a consolidação do setor de educação no
Brasil, só conseguiria crescer se unindo a um grande player"

PARA LEMBRAR
Educação no radar dos investidores
Nos últimos anos, o mercado educacional no Brasil entrou no radar dos
investidores. Grupos de private equity têm demonstrado interesse no
setor, principalmente no ensino superior. Hoje, entre os cinco maiores
grupos educacionais privados do País, quatro estão ligados a fundos de
private equity.
A ofensiva dos fundos teve início há sete anos, quando o Pátria
Investimentos comprou parte da Anhanguera Educacional. A Estácio, do
Rio de Janeiro, tem participação do GP Investimentos. A americana
Laureate - que no Brasil controla, entre outras instituições, a
Universidade Anhembi Morumbi - tem como acionista o fundo de private
equity americano KKR, um dos maiores do mundo. No ano passado, foi a
vez de o fundo Advent comprar parte da Kroton Educacional. Por
enquanto, a única exceção entre as cinco maiores universidades do País
é a Unip, do empresário João Carlos Di Genio.
A entrada dos fundos acelerou a consolidação do setor. Segundo a
Consultoria Hoper, especializada em educação, hoje os 15 maiores
grupos do setor concentram 30% dos 3,9 milhões de alunos do ensino
superior. Há cinco anos, o porcentual não alcançava 20%. Para a
consultoria, o setor pode movimentar US$ 2,5 bilhões nos próximos dois
anos em fusões e aquisições. Com o aumento da concorrência e a queda
na rentabilidade média, as instituições querem ganhar com a economia
de escala.

Evandro Bernardi
Eli Rodrigues, n° 16 - Residencial Cajari
Bairro Cabralzinho
Cep. 68906-850
Tels. (96) 32612192 / 81115929
Macapá - AP
Musco lapis volutus non abducitur.

--
Não adianta ser milhões se não somos um. Ação coletiva, objetivo
comum. Discurso ou revólver, não importa a opção, sem união é
imposível a revolução.

Lei Federal nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei de Direitos Autorais)

http://www.xradiostage.com/artist/index.php?member=1499

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Aprendemos a voar como os pássaros,
mas não aprendemos a amar como irmãos"
(Martin Luther King)

Tinhorão...

o 'problema' é que o sujeito é o homem que mais profundamente conhece a formação cultural daquele que, segundo Stephan Zweig (1881-1942), é o país do futuro. Sozinho, pesquisando no seu arquivo, na Biblioteca Nacional, na Torre do Tombo, o Mestre decifra e traduz a inigualável lingua do Brasil.. Só o tempo, pelo menos algumas decadas, vai permitir à posteridade vislumbrar um pouco melhor o gigantesco papel da obra de José Ramos Tinhorão, o Legendário, para o auto-conhecimento cultural da nação, e, oxalá, isso sirva de antidoto para tanta alienação e estrageirismo estupido..

SEJA ESTÚPIDO!

SEJA ESTÚPIDO!
para uma vida de sucesso

defendendo, em tom-fetiche, meio pop meio punk, que inteligente mesmo é ser burro. Uma mistura de revolta e consumismo. Para eles, um texto como esse é “loser” e o legal é ficar com cara de ressaca-sexy em uma calça jeans previamente rasgada por operários que ganham um salário mínimo. É a vanguarda do Big Brother. Dourado não entenderia.

A suposta ironia que há nas campanhas pretensas a vanguarda do mundo fashion parece-se com a ironia que há em Warhol pois exacerba a afirmação do mundo da mercadoria, e a eleva a um patamar agressivo, muitas vezes mórbido até. Mas, se lá atrás, Warhol anunciou esta merda aqui, este merda aqui já está dando voltas em torno do próprio rabo e cheiro está começando a ficar insuportável. O extremo da afirmação da vida-fetiche aponta para a decadência: modelos de 15 anos com cara de overdose de anfetmina jogadas em um sofá. Sexy-mercadoria é a idéia.

- Seja estúpido!

http://caixadesigno.wordpress.com/2010/04/05/seja-estupido/#comments